21 de nov. de 2012

Capitúlo II

Nascimento

Era noite e chovia, as poucas pessoas que sobreviveram ao massacre se reuniram, e com o tempo uma vila foi formada, seu nome era Potidéia, ficava em uma área isolada da Grécia, a maioria vivia com medo, tinham receio de sair de suas casas, era como se fossem cadáveres ambulantes, com medo de suas próprias sombras. E, cortando a noite ouvia-se gritos de dor que vinha de uma pequena casa ao sul do vilarejo, era uma mulher que apresentava ter uns 32 anos, possuía cabelos longos e belos olhos de cor castanho, ela estava em trabalho de parto. Com ela estavam seu marido, um rapaz forte e de uma bela aparência, alto, que também possuía cabelos e olhos castanhos, e uma senhora de idade, essa já com seus cabelos grisalhos que fazia o parto.

- AHHHHHH!-
gritava a jovem mulher que aparentava estar sentindo bastante dor.
-Aguente meu amor, logo nossa criança irá nascer.-
o marido falava enquanto segurava a mão de sua esposa.
A jovem, apesar da dor se esforçava muito.
-Vamos, faça força, mais força.-
ficava repetindo a parteira enquanto a jovem gritava.
- Se não se esforçar mais essa criança nunca irá nascer-
falava enquanto colocava um pano com agua morna sobre a testa da jovem.
Ao ouvir as palavras da parteira a jovem começou a se esforça ainda mais.
A parteira olhava entre as pernas da jovem e de repente disse:
-VAMOS! já consigo ver a cabeça, faça um pouco mais de força!
Enquanto a jovem fazia força a parteira segurava a cabeça da criança e puxava levemente para não machuca-la.
O pai mal conseguia segurar o nervosismo.
-E essa criança que não na...- foi interrompido o pai pelo choro da criança.
-Calma Adalberon, ele já nasceu, agora que já cortei o cordão vou coloca-la em um pano limpo.
Dizia a parteira em um tom de voz um pouco mais baixo enquanto colocava a criança em um pano limpo.
Adalberon, então esse era o nome do pai da criança.
-E...ele?
disse Adalberon que gaguejava de felicidade.
E não se ouvia mais choro, a criança se acalmou e o silencio tomava a noite novamente, a única coisa que se ouvia era o som da chuva, que já tinha perdido sua intensidade.
-Sim, é um menino, um belo menino.
A parteira falava sempre mantendo um suave tom de voz, para não assustar o jovem garoto.
Estendendo as mãos em direção a parteira falava Adalberon - deixe-me segurar meu filho.-
A parteira então vira as costas para Adalberon e diz -Não, a mãe deve ter a criança em seus braços primeiro, pois ela foi quem sofreu para te-la.
Adalberon fala um pouco alto e em um tom de surpresa - O QUE!?
-SHHHHHHHHHHHHHH!
fazia a parteira. - faça silencio ou vai assustar o garoto! ela teve trabalho para ter esse bebê.
Resmungando de forma infantil e brincalhona Adalberon falou - Mas eu também ajudei a fazer ele.-
-Tenha modos! isso é algo que se fale na frente de uma senhora como eu?
Disse a parteira se dirigindo a jovem que acabara de dar a luz.
Estendendo o menino até a mãe ela disse. -Tome Agnes, segure o seu garoto.-
Agnes, um nome muito belo, assim como a possuidora dele.
Muito cansada falava Agnes - Que bela criança, é a cara do pai.- falou enquanto ageitava o pano envolta do garoto.
A parteira um tanto curiosa pergunta. - Já escolheu um nome para ele?
Então Agnes levanta o rosto em sua direção e diz. - Sim, eu e Adalberon já escolhemos um nome antes, caso fosse menino.
A parteira ainda mais curiosa faz outra pergunta. -E qual é o nome dele?
E respondem Agnes e Adalberon juntos e com um leve sorriso no rosto. - Seu nome é Alexandros.
Nesse momento um estrondo vinha de uma região não muito afastada da vila era ouvido, como um sinal de que eles já deveriam estar dormindo.
-Eles ainda não nos acharam. não devemos abusar da sorte.
Falou Aldebaron visivelmente preucupado.
Enquanto Aldebaron apaga as velas sua esposa Agnes falou - sim, vamos dormir, é um milagre ainda estarmos vivos, milagres não acontecem a todo momento.
A parteira muito preucupada falava baixo -se me permitirem eu gostaria de passar a noite aqui. pode ser perigoso sair agora.
-Claro que pode, não é seguro sair, e aqui voce poderia cuidar de Agnes e da criança caso ocorra algo.
A parteira fazendo um sinal com a cabeça comfirma o que Adalberon disse, e assim eles vão dormir.

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